A fala que tanto procuro ou o ruído que falta ao vedar o que ainda não escutei.
Escuta o que tenho a ver, mas não vê o que de fato falo.
São sentidos que me deixam órfão.
É talvez por que não vejo todas as cores do arco íris, que erro o tom da música.
Ou o tom da piada que rí do lado esquerdo, como se soasse de um órgão.
E não ouço mais o que há de trás de sua íris que é, senão, tudo o que cheiro.
Não toco mais o violão com a palheta de cores que achava conhecer.
Mas conheço todas as dores e pinto tudo o que não sinto ser.
E o que não sei sentir.
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