Quando a ampulheta esvazia?
Quando o sonho se realiza?
Ou se esconde atrás da nuvem?
Quando a chuva cessa
Se essa gota seca
Quando o raio sobe
E minha vontade é estática
Quando a luz acaba no Alasca
Quando a dose te deixa apática
Ou quando a influência passa
O avião desce
O sono acaba
A corda cede
A neve desaba
Do outro lado da linha uma lágrima
No silêncio da fibra ótica a lástima
Que cerra pra escorrer a água
E se encerra no calor que abafa
E se pudesse desfazer o abalo
E se pudesse ensurdecer o badalo
E entardecer o intervalo
Para que existisse apenas a falta
E a falta fosse em si uma fala
E o amanhã fosse mais uma vala
E a vontade fosse só essa vela
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