16 de junho de 2023

Marrom

Tal o Sol calmo

Que muda o ângulo da sala

A cada dia, um palmo

A cada batida, uma mala

Cheia de lampejos

Um broto que não vejo

Um desejo de beijo

Da água, ensejo

Em consciência são 

Uma pena no coração

Um caminho que passo

Um muro que desfaço

Do antebraço laço

Que risca o céu escasso

Com risos e cachos

Saltos e planos

A paz que atino

Pois voar é humano

Mas aterrissar é divino

Tez que ilumino

De bondade e saudade

De brio e cidade

Que habita o tentar

Num banho soltar

E sonhar

Que o fogo gelou

Que a neve ardia

E agora acordado

Sei que me queria

No encaixe marrom

Aceitar o que é bom

Deitado no som

Da pele que atrito

Do fim que grito

E do começo quisto

Que me rabisco

E fico

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