Tal o Sol calmo
Que muda o ângulo da sala
A cada dia, um palmo
A cada batida, uma mala
Cheia de lampejos
Um broto que não vejo
Um desejo de beijo
Da água, ensejo
Em consciência são
Uma pena no coração
Um caminho que passo
Um muro que desfaço
Do antebraço laço
Que risca o céu escasso
Com risos e cachos
Saltos e planos
A paz que atino
Pois voar é humano
Mas aterrissar é divino
Tez que ilumino
De bondade e saudade
De brio e cidade
Que habita o tentar
Num banho soltar
E sonhar
Que o fogo gelou
Que a neve ardia
E agora acordado
Sei que me queria
No encaixe marrom
Aceitar o que é bom
Deitado no som
Da pele que atrito
Do fim que grito
E do começo quisto
Que me rabisco
E fico
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