11 de setembro de 2022

Prender, Soltar

Porquê do rio estagnar?

Pinheiros não corre para o mar

Há tempo de virtú

E tempo de azar 

E se Mercúrio retrogradar 

Sento e espero o sonho passar 


Se na avenida o samba é popular

Retrato em branco e preto vou colecionar

No peito há um bumbo a rufar

Fora do ritmo do sonhar

Que insiste em enfeitiçar 

Qual é a do espelho não mostrar,

o caco do passado a me sangrar?


Quis com r rimar

Pra me simplificar 

Mas para o peso equilibrar 

É insustentável a leveza do ar

E para amar ser mar

Há que o muro derrubar

Se deixar afogar

Se prender, se soltar

E se da sereia cantar

Aprender a ouvir





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