29 de setembro de 2022

Imenso

Eis me aqui 

Célebre 

Serelepe 

Nada célere 

Num celeiro 

Seresteiro 

Incerto

À beira de mim 

No deserto

Sem fim

Um oceano nú

Um caos azul

Baby, põe um blues

Me busca ao sul

Me seduz ao norte

Que sorte

A nossa

Da bossa

À fossa

Dor que me apossa

Sendo troça

Que a banda possa

Mudar o tom

Mostrar meu dom

Parar a chuva

Que chora e uiva

Noite ruiva

Poro que rubra

E na dobra da raiva

Da fuga muda

Instante que vaza

Um recomeço 

Que salva

Que envasa

O torpor

Do conflito

Que alivia 

O soneto

E colore

O branco e preto

O brando feito

Imenso leito

Do sentir

Nenhum comentário: