Entre o suspiro e a apnéia
Tem você
A faísca que treme
Que queima sem ar
Gota de álcool
De algo nada sútil
Escancarado em quadros
À muitas quadras de mim
Sem respirar
Dizem que quem asma, cuida
E eu sem cuidado
Me deixo arder no frio
Do inverno
Do inferno
Que é Leblon
De edredon
Que a sua voz me cobre
E eu sorrio
A mão pulsa
A veia treme
E eu te cubro
Te desnudo
Inundo
Do fundo ao início
Um resquício
De azul
E eu mais ao sul
Te aqueço
E esqueço do ar
Sonhar
Até mais tarde
No seu colo
No seu corpo
No seu todo
No banho
Que te dou
E ganho
A cidade, que alarde
E a gente covarde
Na tela, na pressão
No amor
No samba
Canção
Se afobe não
Nada é pra já
Minha cor
É não parar
De pensar
Sem juízo
Fora de mim
Não te julgo
Mas arquiteto
Teu jogo
Que domino
Sem fim
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