4 de outubro de 2016

Depor o Sol

Depor o pôr do sol e narrar suas histórias não vividas
Depois de por em si razões agora esmorecidas
Hábitos que não morrem cedo, emoções que se esvaem
Habito em tantos segredos e não sei o quê de mim se vai
Cada jaula é um dente perdido
Em cada jaule sigo adormecido
No meu mundo invertido, eu tenho um porquê
Ainda que introvertido, meu coração vê
Mesmo sem todas as cores ainda prismo
Com tantos dessabores ainda cismo
E se me abalo císmico
Sou mímico mínimo do meu furacão
Plano, não saio do lugar
Pleno em sonhos de me alugar
Pois se de mim não brotam
Que de outras frotas venham reflorestar
São tantos portos sem cais
São tantos partos sem pais
Que quando caio em paz
Só há eu além do arco da minha íris

Depois do pôr do sol

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