28 de abril de 2011

Arroubo

Recorda-se do atrito cutâneo de nossos pisantes
Encostados no breu de nossas vidas
Das cenas dos filmes errantes que respousam
Sobre o peso funesto de nossa memória
Somente
Daquela foto feita a olho no olho
Da qual sobrou apenas um olhar
Lembra-se dos dias roubados
Das horas que não se estendiam
E do caco do mundo que era só nosso
Fomos
Da palma encravada em meu redemoinho
Causando-me amor vertiginoso
E o fôlego que desatou a brincar de aroma
O frio que me redesenhou no calor sequioso
Havia sereno na singularidade da soma
Nós

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