8 de maio de 2011

Solista

Solista dos dias prostrado contra as notas
Seu destino, sempre sem direção
Mapa sem fronteiras do som
E todos os sóis de sua clave
Entrave

Entrava por frestas como freqüência
Única em amplitudes e ondas
De maré sem mar
Pois o amar sem sentimento
Mente

Mentes que unidas
Não justificam sua ré
Ou seu dó, mas em si
Faça como se lá não ouvisse
E vesse

Vê se entende a velocidade
Do som que se propaga
Mais rápido no sólido
Que se desmancha no ar
Amar

Arma sem triunfo
Guerra sem trincheira
Deserto sem areia
Fogo que não apaga
Apega
  
Apego ao meu acaso
Inesperado e óbvio
Que já não me aguarda
Que já não revolta
Volta

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