29 de janeiro de 2011

Um Sonho Som

Há um pedaço obtuso de mim
Perpetrado pelas mais angulares
Voltas da dor
Na parte de trás dos meus dentes
Um grito oco desvia do ar
E permanece inaudível
No panorama alienado
Escondem-se todos
Meus viveres
Nos sonhos
Toda minha realidade
Que insiste em nascer morta
Não sei se permaneço
E exibo mais meu disfarce
Ou disfarço
Minha permanência
Um de mim, sem ser eu
Há, sem de fato estar
Não sei mais
Em quem me confiar
Para aonde estarão indo
Todos os meus sons?

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