No deserto
Minhas pegadas
Se misturam com o vibrarDe um mar que rumou pro fim
E meu cansaço se faz ouvir
Por todos os leitos de mim
A sanidade que se esgueira
Faz do vento um cômodo
Em meu castelo de areia
E cartas incrustadas
Tão certas como temporal
Tão firmes tal o inconsciente
Nas horas esgotadas
E o movediço começo
Na miragem do que sou
Assíncrono com o que restou
Em sintonia com o fogo
Qual de ser pro que se é?
Ou tornar-se sendo?
Um humano crendo
Que por baixo da cicatriz
Há mais do que se quis
Incrédulo do seu porvir
Ou fiel ao seu conforto
O que de mim precisa ser morto?
O que se faz porto?
Ou nimiamente pouco?
E se chance houver?
O que há além da maré?
Nenhum comentário:
Postar um comentário