De tempos em tempos
Finjo ser tempo
Passeio com a sorte
Alterando o destino
Na busca do infinito
Venço a aritmética
Desenho uma tríquetra
Simbolizo o fim o começo
Início do finito
Rabisco a virtude
Banalizo as vicissitudes
Encho meu corpo
Como em açude
Desafio o perpétuo
Invocando o delírio
Faço o ponteiro martírio
Pra quem se acha correto
Nas curvas dos dias
Encaixo uma fenda
Unindo os elementos
Mas deixo no ar uma dúvida
Queimo as soluções
Invento minha estrutura
Cultuo a gota
De chuva de sangue
Desato os segundos
E também o porém
Sem antes enterrar o mundo
Nos conquantos
Tamborilo em tambores
Inaudíveis
Para dar fim
E voltar a mim
Percebo a prisão
No minuto incuto
Da imensidão
Engrenagem do tempo
Tempo concreto do aquém
Perto das horas
Do além
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